A construção industrializada é fator determinante para a modernização da construção civil. Uma grande contribuição nesse sentido, além dos produtos pré-moldados na obra, é o sistema Light Steel Framing. Trata-se de uma modalidade construtiva a partir do aço galvanizado, amplamente utilizada em países como Japão, Canadá, Chile, Estados Unidos e em muitos países da Europa.
No Brasil, esse tipo de construção a seco pode ajudar no enfrentamento do déficit habitacional, que gira em torno de 6,2 milhões de moradias, segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado em 2016. Uma alternativa é a sua utilização em habitações de interesse social.
Um exemplo foi a Vila Dignidade, composta por 22 casas de 42 m2, em Avaré, no interior de São Paulo, construídas em Light Steel Framing. O empreendimento da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU) surgiu como esforço no sentido de “industrializar a habitação popular”. Para se ter ideia, na época, cada unidade custou R$ 44,3 mil.
Entregue em 2010, as casas foram construídas a partir de uma parceria entre a Secretaria Estadual da Habitação do Estado de São Paulo, a CDHU, a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, a Secretaria Estadual de Economia e Planejamento, a Secretaria Estadual da Cultura, o Fussesp (Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo) e as prefeituras dos municípios paulistas.
Este será um dos cases mencionados durante o 1º Encontro Regional de Construção a Seco – Light Steel Framing (LSF), nos dias 10 e 11 de maio, no Mar Hotel, em Recife (PE). Também serão apresentados os projetos da Vila Olímpica, empreendimentos de alto padrão, obras realizadas em Recife, entre outros. O objetivo é impulsionar o sistema construtivo LSF no mercado e fomentar discussões acerca do desenvolvimento tecnológico da construção em diversas regiões do Brasil, a começar pelo Nordeste.
Entre as vantagens está a versatilidade na execução de projetos com tipologias variadas, inclusive de grandes dimensões como shoppings centers, Unidades Básicas de Saúde (UBS), creches, estádios esportivos, hotéis, aeroportos, Indústrias e residências de alto padrão.
Fonte: Segs