A produção industrial no Brasil recuou para 46,1 pontos em fevereiro, ante 48,6 no mês anterior, segundo a Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O nível de estoques subiu para 49,7 pontos em fevereiro. Em janeiro foi de 49,2 pontos. Já o nível de emprego industrial alcançou 49,8 pontos no mês passado e, em janeiro, 48,7 pontos.
Diante desses resultados, a CNI lembrou que a Utilização da Capacidade Instalada, apesar de ter ficado estável em relação a janeiro, com 70%, situou-se um ponto percentual abaixo do registrado no mesmo mês de 2012. A confederação ressalta que, apesar do desempenho mais fraco, os estoques mantiveram-se em situação próxima ao planejado.
Mesmo as grandes empresas, que em janeiro mostraram crescimento da produção e explicavam o resultado menos negativo daquele mês, voltaram a registrar queda da produção em fevereiro.
Apesar de o estudo indicar queda da produção, vigora o otimismo entre os empresários consultados. Com dados relativos a março, os indicadores de expectativas para os próximos seis meses sobre o desempenho da demanda, das exportações e da compra de matérias-primas melhoraram em relação a fevereiro. O indicador de demanda alcançou 60,7 pontos em março, ante 59,8 pontos em fevereiro. O de compra de matérias-primas subiu para 58,4 pontos (57,6 pontos em fevereiro) e o de número de empregados alcançou 53,3 pontos (53,5 pontos, no mês passado).
A CNI destaca que o indicador de expectativa em relação à exportação ficou em 54,6 pontos em março, o maior valor desde junho de 2012, quando o índice atingiu 55,3 pontos. O otimismo é maior entre as grandes empresas, onde o indicador de expectativa de exportações subiu 2,5 pontos percentuais e alcançou 56,4 pontos.
Construção
A indústria da construção manteve em fevereiro praticamente o mesmo nível de atividade verificado em janeiro deste ano, acumulando 10 meses consecutivos de desaquecimento.
O indicador do nível de atividade efetivo em relação ao usual ficou em 46,2 pontos em fevereiro, abaixo da marca de 50, o que reflete atividade desaquecida, queda do emprego e atividade abaixo do usual. Em janeiro, esse indicador foi de 46,4 pontos e em fevereiro do ano passado estava em 49,1 pontos. Os dados foram divulgados pela Sondagem Indústria da Construção, realizada pela CNI.
As empresas de pequeno porte tiveram o pior desempenho: 40,9 pontos em fevereiro, ante 46,4 pontos em janeiro. As grandes empresas tiveram desempenho melhor, a 48,9 pontos; em janeiro, esse índice foi de 46,5 pontos.
Fonte: CBIC