A mão de obra será a grande responsável pela alta nos custos das construções civil no país. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), houve uma valorização do trabalhador de 0,79% no primeiro decêndio de maio para 4,03% no mesmo período de junho. Esse aumento reflete consideravelmente no preço final dos empreendimentos realizados pelo setor em todo o Brasil.
Em Juiz de Fora, a mão de obra que em abril era de R$444,92 passou para R$457,63 em maio, segundo o Custo Unitário Básico (CUB-JF), que mede índices do setor na cidade. O CUB-JF, pesquisado pelo Sindicato das Indústrias de Construção Civil de Juiz de Fora(Sinduscon/JF), mostra que houve um aumento de 2,86% no valor. Para Leomar Pereira Delgado, presidente do sindicato, “a mão de obra ainda vai impactar muito o valor das construções nessa fase em que estamos passando, principalmente pela convenção coletiva que já prevê uma valorização dos trabalhadores”. A FGV divulgou que as atividades que registraram as principais altas no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) nos primeiros dez dias de junho são: carpinteiro (4,88%), bombeiro (4,88%), pedreiro (4,40%), servente (3,89%) e ajudante especializado (3,79%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) no mês de maio foi de 1,24%, superando bastante os 0,84% de abril. Tudo indica que junho virá ainda mais elevado, pressionado por reajustes salariais em São Paulo e Brasília. Na capital paulista, o acordo salarial foi fechado com 8,99% de aumento e na federal foi de 8,40%.
“Todos esses números serão refletidos na construção civil de Juiz de Fora provavelmente a partir de julho ou agosto”, comenta Leomar. Levando em conta que, segundo o CUB-JF de maio, mais da metade dos gastos de uma construção foram para pagar mão de obra (51,21% de participação), os custos devem subir ainda mais.
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