O governo anuncia nesta segunda-feira (6) mudanças nas regras do “Minha Casa, Minha Vida. Mais gente vai ter acesso ao financiamento da casa própria. É um empurrão para a construção civil, que já prevê aumento nas contratações. A construção civil é um dos setores que mais têm sofrido com a recessão. A expectativa é de criação de 150 mil postos de trabalho. Nesta segunda-feira (6) tem reunião do Conselho Curador do FGTS que tem que autorizar as mudanças.
O setor da construção civil, afundado na crise, já vinha pedindo mudanças no programa há meses. Está difícil para eles, está difícil para quem quer comprar a casa própria, está duro para o governo retomar a economia. Mas depois de meses negociando e estudando, o “Minha Casa, Minha Vida”, que não mudava desde 2015, vai abrir para mais gente entrar.
Na faixa 1,5, a renda da família tinha que ser de até R$ 2.350. Passa para R$ 2.600 por mês.
Na faixa 2, o máximo da renda familiar passa de R$ 3.600 para R$ 4.000.
A maior mudança é na faixa 3. A família tinha que ganhar até R$ 6.500. Agora, pode ganhar até R$ 9 mil para ter direito.
Juros também vão ter atualização. Mas ainda assim são menores que os de mercado.
“O nosso setor é um setor que pode rapidamente responder a essa demanda. Nos últimos anos nós tivemos uma inflação muito grande. Isso impactou no custo dos imóveis. E aí muitas famílias que desejavam ter acesso à sua moradia acabavam não podendo porque haviam saído das suas faixas de renda, por causa da taxa de juros, uma série de fatores”, explica o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins.
Se mais gente entrar no programa, mais obras vão surgir. E a construção civil pode reagir. O setor diz que já está com projetos prontos na prateleira só esperando pedidos.
E calcula que com as novas obras do “Minha Casa, Minha Vida” sejam contratadas 150 mil pessoas.
O governo quer anunciar as mudanças com pompa na tarde desta segunda-feira (6).
Tem diferença também no preço máximo do imóvel para quem usa na negociação dinheiro do FGTS.
No Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro o teto passa de R$ 225 mil para R$ 240 mil
Nas capitais do Norte e Nordeste, subiu de R$ 170 mil para R$ 180 mil.
Outra mudança: a parte que o governo banca para financiar o imóvel será maior.
Na faixa 1,5, passa de R$ 45 mil para R$ 47,5 mil.
E na faixa 2, aumenta de R$ 27,5 mil para R$ 29 mil.
O pacote entra em vigor depois de publicado. Na manhã desta segunda-feira (6), as novas regras ainda vão passar pelo Conselho Curador do FGTS, que cuida do assunto. O governo disse que a meta é ter a mais 610 mil imóveis na praça.Nos últimos anos, metas custaram a ser cumpridas.
O governo também estuda ampliar o valor do imóvel dentro do sistema financeiro de habitação de R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão nas capitais, como Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.
Fonte: G1