Embora o programa “Minha Casa, Minha Vida” tenha reduzido, em cinco anos o déficit habitacional do país em 8%, o número de famílias de baixa renda sem condições adequadas de habitação continuará crescendo, conforme a população se expande. Levantamento feio feito pela Fundação Getúlio Vargas para o Sinduscon-SP estima que serão necessário R$ 760 bilhões em investimentos em habitação popular até 2024, ou o equivalente a R$ 76 bilhões ao ano.
É este o volume necessário para atender 1 milhão de famílias em estado de necessidade ao ano. O déficit habitacional — estimado em 5,2 milhões de lares em 2012 — considera desde as famílias que moram em condições precárias, como favelas, até aquelas que dividem o imóvel com outros parentes ou gastam uma fatia alta de sua renda com aluguel devido às faltas de condições para adquirir um imóvel próprio ou financiamento. Até 2024, esse déficit terá crescido par a 20 milhões de famílias em estado de necessidade.
Para chegar a esse número, o estudo levou em consideração os dados mais atuais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), de 2013, que apontou para a existência 68,4 milhões de famílias no país. Em 2024, com o crescimento da população, a estimativa é que 16,4 milhões de novas famílias se formem no país, das quais 10 milhões deverão ser da faixa mais dependente atualmente das políticas de habitação popular, que são aquelas que ganham de um a três salários mínimos.
Fonte: CBIC