Os juros baixos, prazos de amortização longos e as baixas taxas de desemprego. São fatores assim que ajudam a explicar o aumento do crédito imobiliário no Brasil.
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Credito Imobiliário e Poupança (Abecip), o volume movimentado nos financiamentos para pessoas físicas e jurídicas cresceu quase 33% em 2013, atingindo a marca recorde de R$ 109,2 bilhões.
Este ano, porém, o setor deverá ter um crescimento mais moderado, da ordem de 15%, chegando ao total de R$ 126 bilhões.
Octavio de Lazari Junior, presidente da Abecip, conta que no ano passado as expectativas dos analistas eram semelhantes.”A inflação e a taxa de juros apresentavam tendência de crescimento no início de 2013, enquanto o PIB dava sinais de que não avançaria num ritmo forte”, lembra o dirigente. “Diante desse cenário, esperávamos um crescimento entre 15% e 20%.”
Para o presidente da Abecip, fatores como a expectativa de manutenção dos empregos e o aumento real da renda dos trabalhadores contribuíram para o forte desempenho do setor de crédito imobiliário no ano passado.
“No início de 2013 estávamos céticos quanto à possibilidade de quebrar a barreira dos R$ 100 bilhões. Mas o mercado, incluindo governo, bancos, incorporadoras, construtoras e consumidores, respondeu muito bem”, conclui Lazari Junior.
Fonte: O Estado de S.Paulo