A percepção dos empresários da construção em relação ao desempenho atual de seus negócios se manteve praticamente estável em fevereiro, em 52,1 pontos, em relação à pesquisa anterior, de novembro, quando o indicador registrou 51,9 pontos, apontou nesta segunda-feira a 54ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção Civil, feita pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Porém, na comparação de fevereiro de 2013 com igual mês do ano passado, houve queda de 6,5%.
Os dados da Sondagem da Construção estão dispostos numa escala que vai de 0 a 100. Valores abaixo de 50 podem ser interpretados como um desempenho ou perspectiva não favorável. No caso de dificuldades financeiras, no entanto, valores abaixo de 50 significam dificuldades menores.
De acordo com o levantamento, o indicador continuou a refletir uma avaliação otimista do empresário sobre o desempenho atual de seus negócios. O mesmo movimento ocorreu com as perspectivas de desempenho – 52,9 pontos agora e 52,8 pontos na sondagem anterior -, o que significa que o otimismo característico de fim de ano se manteve. “Como ao longo do ano passado houve uma deterioração expressiva dos dois indicadores – desempenho atual e perspectivas -, o resultado de fevereiro ainda ficou muito inferior ao observado no início de 2012”, disse o vice-presidente de economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan.
Em relação às perspectivas futuras das empresas da construção, foi registrada leve alta de 0,2%. Já a expectativa sobre a condução da política econômica apresentou retração de 19,9% na pesquisa de fevereiro.
Um sinal de melhora na percepção dos empresários da construção foi o indicador de dificuldades financeiras, que recuou 0,3% ante a novembro. Em relação a fevereiro de 2012, a queda foi de 11,1%.
A perspectiva de evolução dos custos da construção teve piora de 6,5%. Em 12 meses, o indicador vê baixa de 1%. “Por enquanto, os primeiros indicadores de atividade da construção continuam apontando uma desaceleração do crescimento setorial e a sondagem corrobora a dinâmica sinalizada na análise do emprego, ou seja, não deverá haver mudança significativa nos próximos meses”, diz.
Fonte: CBIC