Considerada um dos principais termômetros da economia, já que representa mais de 10% do PIB nacional e tem a maior cadeia produtiva, a indústria da construção civil é um retrato do Brasil da recessão.
Em um ambiente de obras postergadas, reformas adiadas e projetos engavetados, 95 mil vagas foram eliminadas em apenas dois anos em Minas Gerais. No ano passado, foram mais de 35 mil trabalhadores do setor demitidos. O mar de desempregados é ainda mais populoso se considerarmos que em 2015, no Estado, cerca de 60 mil trabalhadores já haviam sido dispensados.
Os dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), elaborados a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram ainda que na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foram quase 18 mil demissões no ano passado, sendo 13.700 só na capital.
Para o presidente interino do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belo Horizonte, Vilson Valdez, as rescisões de contratos de trabalho viraram rotina na sede da entidade desde que a crise se instalou no país.
“Apenas no ano passado, foram entre 900 e 1.000 homologações no sindicato por mês. E o ritmo continua acelerado neste ano. Mas como só passam por aqui pessoas com mais de um ano de empresa, podemos afirmar que o número real de demissões é muito maior”, diz.
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Fonte: Hoje em Dia