O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) registrou 46,2 pontos em abril. O indicador ficou abaixo da linha dos 50 pontos e é o menor número da série histórica iniciada em fevereiro de 2010.
Segundo o economista e coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, o momento de incerteza na economia, com juros em ascensão e inflação perto do topo da meta, é um dos fatores que fizeram o Iceicon-MG chegar à mínima histórica em abril.
Na pesquisa, os empresários mineiros apontaram descontentamento com as condições atuais de negócio, cujo indicador geral registrou 36 pontos. Essa avaliação foi decorrente da insatisfação quanto às condições atuais de negócio no País (32,2 pontos), no Estado (36,2 pontos) e na própria empresa (37,5 pontos). Todos os índices ficaram abaixo dos 50 pontos.
Já as expectativas para os próximos seis meses são otimistas, com 51,3 pontos. O indicador foi influenciado positivamente pelas perspectivas em relação à própria empresa, que apurou 53,9 pontos. Por outro lado, os índices de expectativas quanto às economias mineira e brasileira ficaram abaixo da linha dos 50 pontos, com 46,5 pontos e 44,2 pontos, respectivamente.
Sondagem da Indústria da Construção
Pelo 17º mês consecutivo, o nível de atividade em relação ao mês anterior na Indústria da Construção ficou abaixo da linha dos 50 pontos em março, registrando 45,8 pontos, segundo dados levantados pela Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais. O índice de nível de atividade em relação ao considerado usual para o mês de março ficou em 43,1 pontos. Já o indicador de número de empregados registrou em 47,6 pontos.
As perspectivas para os próximos seis meses em relação ao nível de atividade do setor também ficaram abaixo da linha dos 50 pontos, cujo índice registrou 47,6 pontos, demonstrando pessimismo. Os empresários da Construção esperam uma redução no lançamento de novos empreendimentos (47,4 pontos), assim como nas contratações (47,8 pontos). Apenas o indicador referente à compra de matéria-prima ficou relativamente estável em abril, com 50,3 pontos.
No resultado do primeiro trimestre de 2014, os números da Sondagem apontam insatisfação em relação aos indicadores de margem de lucro (39 pontos), à situação financeira da empresa (44,3 pontos) e ao acesso ao crédito (43,6 pontos).
Quando questionados sobre quais os principais problemas enfrentados no setor, 52,8% das citações dos empresários da Construção Civil em Minas dizem respeito à falta de mão de obra qualificada. A elevada carga tributária foi responsável por 47,2% das citações, enquanto a falta de demanda respondeu por 33,3%.
A pesquisa
A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais e o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais são elaborados pela Gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em conjunto com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e tem como parceiro o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Os dados foram coletados entre os dias 1º e 11 de abril junto a 39 empresas mineiras.
Fonte: Sinduscon-MG