Durante reunião da Câmara da Indústria da Construção da FIEMG, realizada no dia 11/12, um dos assuntos que estiveram em pauta foi a recente estimativa da Fundação Getúlio Vargas, apontando que a indústria da Construção Civil Mineira deverá encerrar 2015 com a maior queda de atividade desde 2003, de cerca de 8%. O aumento do desemprego, queda na renda da população, redução de investimentos e confiança em baixa estão entre os fatores que se explicam esta desvalorização.
De acordo com o vice-presidente da FIEMG, Teodomiro Diniz, o ano se encerra de forma negativa e as perspectivas para o próximo não são boas. “Existe uma perspectiva de permanência com um cenário difícil. As empresas estão tentando se adequar para vencer a crise. É um momento ruim para quem produz e bom para quem compra, pois o mercado oferece oportunidade”, ressalta. Diniz salienta ainda que uma perspectiva positiva é que o governo consiga organizar e colocar em curso o projeto minha casa minha vida.
Para 2016, a projeção não é mais otimista. A expectativa é de redução de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) do setor. “Planejamento de atividades, especialmente aquelas voltadas para incremento de produtividade, é uma alternativa adotada pelas empresas para superar momentos difíceis”, afirma a assessora econômica do Sinduscon, Ieda Vasconcelos.
Segundo Ieda, o setor aguarda mais sensatez na condução da politica econômica do país. “O Brasil precisa fazer um ajuste fiscal com qualidade, e não aquele que prioriza o corte dos investimentos. Precisa, ainda, de uma agenda positiva para reverter à paralisia da economia. Uma agenda que priorize os investimentos, especialmente aqueles em infraestrutura. A Construção Civil está apta a participar desta nova agenda”, ressalta Vasconcelos.
Fonte: FIEMG