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Apesar das dificuldades, o mercado da construção civil no Brasil ainda apresenta oportunidades e espaço para crescer

Situações de crise são a parte indesejável da rotina de executivos em todo o mundo, principalmente daqueles que ocupam uma posição de diretoria. São acontecimentos nos quais a estabilidade (financeira, estrutural ou de reputação) das organizações é posta em cheque, exigindo atenção, foco e calma de altos executivos para que a estabilidade seja garantida e novas oportunidades, exploradas.

No atual cenário brasileiro, as indústrias de base, com destaque para a da construção civil, estão entre as mais afetadas pela economia desfavorável, resultando em um ambiente de negócios dominado pelo pessimismo e decréscimo no faturamento das empresas. Considerando este contexto, a experiência dos executivos é elemento que pode representar a diferença entre um case de sucesso e uma instabilidade ainda maior.

Para Maximiliano Josef Wagner, Diretor Executivo da Putzmeister Brasil (multinacional alemã do ramo de tecnologia em bombeamento de concreto), profissional com mais de 30 anos de experiência no setor industrial, “o Brasil sempre foi um país de crises”. E a observação atenta da história da nação ao longo dos últimos trinta anos apresenta uma lição valiosa para o mercado da construção: “o Brasil será por muito tempo um país com forte carência por moradias e obras de infraestrutura”, dadas as suas dimensões continentais e turbulenta trajetória política e social. Por isso, Maximiliano afirma ainda que “as coisas não vão parar em nosso país e devemos nos adaptar continuamente às várias regras do jogo dos negócios”.

Com uma visão pragmática, mas, ao mesmo tempo, otimista, o Diretor da Putzmeister Brasil acredita que a sobriedade, a dedicação e a habilidade de lidar com as inúmeras variáveis envolvidas na gestão de negócios, são os componentes mais importantes do perfil de qualquer gestor em tempos difíceis, tudo para vencer as barreiras impostas pela situação e garantir melhores chances de sobrevivência e crescimento do negócio.

Wagner afirma que, ao representar os interesses de um grupo internacional, um dos principais desafios do seu trabalho é lidar com a comparação dos resultados de sua unidade com o desempenho de unidades em outras partes do globo. “Meu papel principal em uma situação de crise, como esta que vivemos agora, é o de maximizar os resultados operacionais do nosso negócio, de forma a garantir que este continue sendo atrativo para os interesses do grupo”, declara.

Ainda sobre os desafios apresentados por seu trabalho, Wagner trata das vantagens de se pertencer a um grupo globalizado, uma vez que a facilidade em desfrutar de opções em vários mercados, garante o acesso a experiências, recursos e estratégias que representam a diferença em cenários delicados, citando o exemplo do impacto causado pelo escândalo da Petrobras e da Operação Lava Jato no mercado da construção civil no início deste ano. “Se não tivéssemos uma estratégia de sobrevivência claramente definida e coesa com as demais unidades do grupo Putzmeister, certamente não resistiríamos a este cenário”. O executivo ainda destaca a relevância do trabalho em equipe e a definição de objetivos claros como essenciais à resistência em qualquer situação turbulência nos negócios.

Com serenidade e segurança, Maximiliano Wagner demonstra em suas declarações que, independentemente da complexidade apresentada por momentos de crise, a compreensão plena do ambiente de negócios e do padrão histórico apresentado, aliada à dedicação ao trabalho e objetivos bem definidos, permite a resistência às adversidades e até mesmo a superação e conquista de bons resultados.

Fonte: R7